“Influenciado
pela predisposição para a abstração que surgiu no século XX e por movimentos
como o fauvismo e o expressionismo”(8), Piet Mondrian é tutor de uma obra que é confluência de todos esses
estilo intitulando-se esse encontro de estilo o Neoplasticismo.
Modrian
publicou pela primeira vez o seu conceito de arte na revista “De Stijl” numa série de artigos. “Ao regressar a Alemanha neutra durante a
Grande Guerra, Modrian foi fortemente influenciado por obras e filósofos como
Schoenmakers, o qual argumentava que a verdadeira realidade do Universo era a
estrutura Matemática que lhe subjazia” (8). Modrian acreditava
assim que um artista podia adotar esta filosofia na sua obra e apresenta-la
através de manipulações de formas geométricas.
Assim, Modrian
desenvolveu o seu estilo baseado na geometria e “servindo-se de um termo de Schoenmakers chamou-lhe Neoplasticismo” (8)
A partir de 1917 tenta aperfeiçoar a sua técnica nesta aplicação de
formas geométricas, contudo só é bem-sucedido quando regressa a Paris em 1920.
Depois de ter consolidado a técnica, o estilo manteve-se inalterável.
“Na base
deste procedimento está a decomposição e a interação sucessiva da forma
elementar, segundo um processo dinâmico e aberto que a reconfigura
posteriormente num espaço descontextualizado.“ (9)
Para contextualizar o movimento no
século XX acrescentamos uma pequena tabela cronológica, com os acontecimentos
que mais marcaram o neoplasticismo:
Tabela 2
– Cronologia
Tal como no é apresentado no livro History of Modern Design (2014) sabe-se
que o movimento chegou a ter três fases:
- Primeira Fase: durou até um período de decadência em que Theo Van Doesburg representou sozinho o movimento porque por volta de 1921 a composição do grupo já estava completamente alterada. Visitou a Alemanha e juntou-se à Bauhaus no entanto provocou uma crise dentro dela cujas repercussões tornar-se-iam lendárias devido ao impacto de suas ideias sobre alunos e corpo docente;
- Segunda Fase: Lissitzky (1890-1941) marca o início da segunda fase e uma transformação na sua obra, passando a projetar em desenhos axonométricos, uma série de estruturas arquitetônicas hipotéticas, cada qual compreendendo um conjunto assimétrico de elementos planos articulados suspensos no espaço ao redor de um centro volumétrico;
- Terceira Fase: Foi anunciada por uma divergência drástica entre Doesburg e Mondrian a propósito da introdução da diagonal nas pinturas do primeiro através de uma série de contracomposições. A essa altura a unidade inicial já estava perdida. Sendo que, oficialmente o movimento finda em 1931 com a morte de Van Doesburg. No entanto, a influência que trouxe para a pintura e arquitetura europeias perduraria por alguns anos. (pp.196-206)
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