O suprematismo designa-se por ser um movimento pictórico
inovador, surge na Rússia por volta de 1915-16, na sequência do Raionismo. O
seu criador foi Kazimir Malevich (1878-1935) que pretendeu criar uma arte
plástica que representasse a “noção pura
de espeço” (5) (relação
entre as formas em que se encontram). Fundou-se, simultaneamente, com a
necessidade extraída do cubismo (“animação
do espaço pela forma”) e no movimento plástico do Futurismo.
Figura 2 – Kazimir Malevich,
Suprematism, 1916. Óleo sobre tela.
80.5 x 81 cm
A composição de
Malevitch é “um acordo de ritmos que se concretizam
no espaço da tela, tal como uma frase musical se realiza no tempo” segundo
Dora Vallier. Caracteriza-se por
empregar formas geométricas pura, sem alteração. A paleta cromática é restrita constituída por cores primárias e secundárias,
pelo branco e preto (dois pólos de não-cor, o branco significa o princípio e o
preto simboliza o fim).
Quadro 1
– Contrastes entre os dois pólos de cores. Wassily Kandisky, Do Espiritual na Arte
“A tela suprematista
representa o espaço como branco e não como azul. O azul não dá a representação
real do infinito. O Branco infinito suprematista permite que os raios da visão
continuem a mover-se sem limites.” (6)
A pureza plástica é assim levada ao extremo, dando resultado
a duas composições realizadas entre 1918 e 1920, consubstancia a anulação da
pintura por si própria.
- Quadrado Negro sobre fundo Branco (1918);
·
Figura 3 – Kazimir Malevitch, Quadrado Negro
sobre Fundo Branco. c. 1918, óleo sobre tela.
A contribuição do Niilismo russo (“filosofia que defende a negação absoluta de qualquer realidade”(7))
foi decisivo para o movimento, ajudando na procura da realidade e da pureza da
realidade e da pureza plástica.
A verdade e a pureza apenas seriam atingidas num novo mundo
através “do aniquilamento e da negação do
mundo presente” (7) o que levou Malvitch a negar a sua própria
pintura.
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(5) Pinto, A., Meireles, F., Cambotas, M. (2009). História da Cultura e das Artes 3ª Parte.
Porto: Porto Editora, 52.
(6) Malvitch, K., Suprematisme. Potscham: Europa Almanaque, 1925
(7) Pinto, A., Meireles, F., Cambotas, M. (2009). História da Cultura e das Artes 3ª Parte. Porto: Porto Editora, 52.
(6) Malvitch, K., Suprematisme. Potscham: Europa Almanaque, 1925
(7) Pinto, A., Meireles, F., Cambotas, M. (2009). História da Cultura e das Artes 3ª Parte. Porto: Porto Editora, 52.
Bacana, boas referências bibliográficas.
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