Bauhaus

“Amar e criar a beleza são condições elementares da felicidade, uma época que não o almeja permanece imatura visualmente; a sua imagem é disforme e as duas manifestações artísticas não são capazes de nos elevar”
(GROUPIUS, W. (2001) Bauhaus: novarquitetura. São Paulo: Perspetiva (6a Ed.)

Em 1922 os artistas da vanguarda artística europeia organizaram conferencias na Alemanha, para consolidarem um compromisso artístico de restruturação da sociedade. No entanto, todas estas tentativas se revelaram um fracasso e foi a Bauhaus que se impôs gradualmente como o mais forte ponto de progresso da Arte.
            A Bauhaus fundada por Walter Gropius, em Weimar na Alemanha, em 1919 e teve duas fase bastante distintas. Numa primeira fase, foi fortemente dominada pelo trabalho artesanal e procurou uma mediação cultural face à história.
Com a fundação da Bauhaus, Walter Groupius não teve a intenção de introduzir um estilo moderno, mas sim um método de abordagem que permite resolver um problema de acordo com as condições previstas. O seu objetivo era que um jovem arquiteto fosse capaz de encontrar o seu próprio caminho em qualquer que fossem as circunstâncias; que fossem capazes de criar formas autenticas a partir das condições técnicas.  Pretendia ensinar uma atividade perante os pressupostos da nossa geração, uma atividade despreconcebida, original e maleável.  Queria também esclarecer os arquitetos sobre os meios que estavam ao dispor e encoraja-los a achar as suas próprias soluções.
“Fiquei muitas vezes dececionado pelo fato de as pessoas me perguntarem só sobre a técnica e os truques dos meus trabalhos, enquanto que o meu interesse preponderante era o da transmissão das minhas experiências e do método que as sustentava.”

Segundo Groupius, é possível alcançar em pouco tempo determinado êxito apropriando-se das técnicas certas, mas os resultados permaneceram sempre superficiais e medíocres pois deixaram o estudante desemparado em situações inesperadas. Assim se ele não for treinado a ter uma capacidade de perspetiva do desenvolvimento orgânico, nenhum método por mais elaborador que seja o vai capacitar a realizar um trabalho criativo.

Numa segunda fase contrapondo o expressionismo irracional que dominava na Bauhaus, surge Van Doesburgh apresentando a estética que glorificava a máquina e o controlo irracional do processo criativo, o Neoplasticismo.
            Embora a Bauhaus estivesse fortemente ligada à estética de Van Doesburgh foi Moholy-Nagy, um construtivista húngaro, que assumiu a preponderante viragem da escola de artesãos, tendo os objetos produzidos na Bauhaus ganhando uma simplificação das formas e uma redução da decoração ao indispensável, tendo em mais relevância as cores e formas elementares, fortemente inspirados nos projetos e objetos realizados pelo Stijl, no entanto, com algumas características que divergem dos princípios fundamentalistas dos neoplasticistas e, em particular, de Van Doesburg.

            Assim, os conceitos misturaram-se e por um lado tínhamos o construtivismo russo e por outro, o neoplasticismo holandês.

Sem comentários:

Enviar um comentário