Nasceu da obra de Kandinsky e deriva, diretamente do
Expressionismo d’O cavaleiro Azul. Inspirava-se
na intuição, no instinto e na imaginação, ligada à emoção, à necessidade
interior (aos símbolos e misticismos).
Caracteriza-se pelas formas orgânicas definidas por manchas
cromáticas, jogos de linhas dinâmicas. As formas e cores e seus significados
substituem a representação dos objetos. Procura-se na pintura o ritmo abstrato
da construção e o dinamismo da cor: “
assim como afeta os animais, também afeta, com igual força e vigor, as reações
humanas” (3)
Kandinsky acreditando na maior pureza da sua arte,
atribui-lhe um significado espiritual baseado na sua comunicação de que uma
grande mudança espiritual se estava a desenvolver no novo seculo com o abandono
das doutrinas do final do séc. XIX. Construiu os seus quadros com linhas e
cores utilizando estruturas em sobreposições de tons ou misturas previamente
feitas.
“A pincelada ia desde o toque rápido, tenso e violentamente contrastando,
aos empostes de grande espessura.”(4)
Procurando assim várias fases ao
longo das quais se foi desligando da realidade até alcançar abstrações puras (última
fase conhecida por “período arquitetural”).
(3) Kandinsky, W., Do Espiritual na Arte. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1998
(4) Pinto, A., Meireles, F., Cambotas, M. (2009). História da Cultura e das Artes 3ª Parte.
Porto: Porto Editora, 50.
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